No contexto do processo de validação dos resultados das eleições autárquicas de 2023, o consórcio eleitoral “Mais Integridade” se posicionou de maneira firme contra a solicitação do Conselho Constitucional (CC), que, na última quarta-feira (04 de dezembro), pediu o envio das actas e editais das mesas eleitorais em posse da plataforma. Em resposta, nesta segunda-feira (09 de dezembro), o consórcio recusou-se a partilhar os documentos, destacando a falta de confiança na imparcialidade do processo e nas acções do órgão responsável pela validação.
O consórcio recordou que, durante as eleições autárquicas de 2023, havia compartilhado de forma voluntária as actas e editais com o Conselho Constitucional. No entanto, a plataforma destacou que o órgão decidiu não considerar as informações fornecidas na época, o que gerou desconfiança quanto à eficácia do processo de validação.
Entre os principais motivos que levaram o “Mais Integridade” a negar a solicitação está a alegação de que o CC já teria realizado a confrontação das actas e editais de nove das 10 províncias, estando em falta apenas uma para concluir a análise. Com isso, o consórcio acredita que o órgão já possui material suficiente para tomar suas decisões sem a necessidade de novos documentos.
Além disso, o consórcio expressou preocupações quanto ao facto de que as actas e editais em sua posse poderiam ser usadas de forma indevida, contribuindo para a perpetuação de uma "fraude eleitoral" e não para a "reposição da verdade eleitoral". Em uma crítica ao processo, o “Mais Integridade” ainda apontou que a solicitação do CC ocorreu de forma tardia, sugerindo que o tempo para uma validação transparente já teria se esgotado.